quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pais vazios, filhos ocos.

Estamos à beira de um caos social. Como é possível estarmos nos acostumando com tantas mazelas diante de nossos olhos? Como é possível não nos indignarmos com tantas coisas erradas que acontecem ao nosso redor? E aqui não vale a máxima: "o errado é relativo, depende do ponto de vista". Conversa fiada! Errado é errado e certo é o certo! Senão, como poderemos viver em sã comunhão social? Não é possível, pois até mesmo os anarquistas possuem regras e hierarquias. Sendo assim, não é justo dizermos que estamos vivendo em um mundo anárquico, pois até mesmo o anarquismo possui diretriz, plano diretor, ideia filosófica, hierarquia, ordem etc.
Cenas de sexo explícito em plena luz do dia, às vistas do público. Consumo de drogas por crianças e jovens, alheios ao que se passa ao seus redores. Cultura às avessas, valorizando àquilo que, outrora, não tinha - e continua não tendo em algumas comunidades - nenhum valor construtivo, tais como, músicas esdrúxulas e sem nenhum valor poético, de protesto, real (refiro-me aos funks, hip-hops e raps da vida, aos batidões, aos pancadões, aos forrós eletrônicos em que a sanfona é coisa do passado, aos e-musics, aos DJ's etc...e põe etc nisso!). Valorização excessiva ao corpo, longe dos princípios da boa saúde. Uso exagerado da tecnologia, ao ponto de afastar quem está perto e aproximar quem está longe; mas quando este quem está longe se aproxima, permanecerá longe da mesma forma. Falta de:

  • diálogo entre seres-humanos (ninguém mais conversa), 
  • interação social (só se for em redes virtuais), 
  • boas maneiras (cumprimentos e agradecimentos não se usam mais - agora é "falô!", "valeu", "diz aí?","tô caindo fora!" etc -, 
  • jogar lixo no lixo é coisa de babaca - tem gente pra fazer isso, né? -, 
  • ceder, por direito, o assento a um mais idoso, gestante ou PDF, nem pensar! (quem quiser que se vire! Eu paguei a passagem!).
Dessa forma, cabe a pergunta-clichê: que mundo vamos deixar para os nossos filhos ou que filhos vamos deixar para o nosso mundo? Sem dúvida nenhum, são os tipos de filhos que deixaremos para o nosso mundo. Mas como? Se os pais estão cada vez mais ausentes de referenciais, concordando com tudo, mas tudo mesmo, sem exagero, que lhes são impostos? A sociedade não ajuda! O Estado não ajuda! A religião não ajuda! É natural, hoje em dia, a homossexualidade. Se eu não concordar, serei tachado de preconceituoso e o errado serei eu, que perderei completamente minhas razões. Que fique claro que não estou instigando o desrespeito, a violência ou quaisquer outros pejorativos humanos! Faço apologia à vida humana digna! E os fins não justificam os meios. 
O Estado vira as costas ao cidadão. Cidadão? Você só é cidadão se paga os seus impostos. Deixe de pagar para ver o que acontece com esse cidadão? A escola, que é onde haveria a esperança de um futuro melhor, ajoelha-se diante dessas calamidades e aceita tudo calada porque a justiça (o Estado) não está ao seu lado - principalmente o Conselho Tutelar que, para qualquer situação, o professor sempre é o culpado - Mesmo constrangida, ela, a Escola, deveria impor respeito, normas, regras de comportamento, enfim, limites. Mas essa palavra está sendo riscada do dicionário português.

A nossa sociedade passou de tradicional para amoral e parece que estamos fadados ao declínio social pelos ostracismos culturais, educacionais etc. Indignemos com essa situação.Levantemos a bandeira vermelha contra os inimigos dos verdadeiros cidadãos.