Pela centésima vez, assisti ao filme À procura da felicidade e, pasmem, continuo me emocionando como se fosse a 1ª vez.
Como um roteiro cinematográfico parece tanto com a nossa história de vida (pelo menos com a minha parece e muito!)? E fico a me perguntar o quanto a esperança (ou fé, se preferirem chamar assim) é importanto e íntriseca no ser humano, independente se acredite em algo superior ou não. Por que essa história de dizer que o homem é capaz de tudo, que só usa 10% de seu cérebro ou que somos responsáveis por tudo o que nos acontece, isso é conversa pra boi dormir! Ou você acha, caro leitor, que uma pessoa é responsável, até mesmo de forma involuntária (se é que existe isso!), pelo seu próprio sofrimento e a de seus entes, como em situações de risco na África ou na América do Sul? Não meus caros, eu não creio que isso seja o poder da mente! Salvo em situações sociais, em que há opções de aderir a certos movimentos sócio-culturais, ou algo semelhante...mas isso vai de encontro com a minha hipótese, que é a de situações em que não há opções.
Mas, voltando ao contexto que relata o filme, é comevente algumas cenas em que somos vistos espelhados nelas. Como, por exemplo, a cena em que Gardner (Smith), ao ser despejado de seu apartamento, vai dormir com o filho no banheiro do metrô, em que o pai usa o lúdico, no momento do desespero, como arma para afugentar o medo, a insegurança e criar uma capa, única por sinal, protetora. Ali, ele se valeu do instinto paterno e faria qualquer coisa, como no desenvolvimento do filme, para amenizar a dor que a realidade causaria ao filho. Também sou assim! Sinto-me assim constantemente, protegendo diariamente meus filhos de uma realidade dura, sofrida e sem escrúpulos. Mas você poderia, leitor, dizer-me que estou errado. Pode ser! Pelo fato de não estar preparando minha prole à vida. Engano seu, meu caro. Tento protegê-los mas com os pés no chão, repassando-lhes valores humanos que, em muitos lares e comunidades, outrora eram valiosos, como por exemplo, um simples pedido de bençãos aos pais e avós, coisa que, não há muito tempo, era de extrema valia; hoje, pela globalização do mundo moderno, pela alta tecnologia inserida na sociedade, pelos valores deturpados transimitidos pela TV em horários e a públicos estrategicamente dirigidos, não se vê mais! Não sou muito antigo assim. Tenho apenas 70% de meio século de idade, mas me sinto saudosista quanto a esses valores culturais perdidos no tempo.
Mas a esperança vive!
E luto feito Gardner, em busca de um lugar ao Sol!